domingo, 6 de setembro de 2020

A fraude das empresas de Rating - Ministério Público investiga essas empresas




Quatro ilustres economistas portugueses fizeram uma denúncia ao Procurador Geral da República de Portugal contra as três empresas de rating americanas.
Noticia a imprensa que essa denúncia teve provimento e o DCIAP iniciou uma investigação.
As empresas de rating têm tido um papel extremamente controverso no dealbar da crise financeira de 2008. Dois relatórios do Senado Americano, a FCIC e o relatório Levin (sobretudo este), são muito impressivos quanto às falhas e aos evidentes conflitos de interesse que permearam as empresas de rating.
Não obstante, a avaliação global que é feita é a de que as empresas de rating falharam rotundamente nos mercados imobiliários, nomeadamente no crítico rating dos CDO, mas, no essencial, têm acertado nos mercados de crédito – nomeadamente na dívida soberana.
O rating é uma relação contratual aberta efectuada a pedido e paga pelos emissores. É igualmente um passaporte para os mercados internacionais de dívida dado ser métrica chave para uma esmagadora maioria dos investidores internacionais. Uma entidade sem rating não tem a mínima hipótese de financiamento internacional.
Imagine-se que as empresas de rating, a conselho dos seus advogados, decidiam cessar os seus serviços de avaliação da dívida pública portuguesa. À atenção de quem de direito, é um cenário que seria mesmo melhor pensar que não existe.

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