domingo, 6 de setembro de 2020

AUSTERIDADE FISCAL E MONETÁRIA





No contexto da crise do Leste asiático e de outras crises, diz que o que é importante é a austeridade fiscal e monetária. Preocupa-se mais com o impacte ao nível dos investidores estrangeiros do que com a fuga de capitais de investidores nacionais. Pouco se preocupa com o impacte na economia da agitação social e política gerada pelas políticas adoptadas. Vou referir apenas um exemplo: em finais de 1997, muitos de nós dissemos que as políticas de extrema austeridade que o FMI estava a impor à Indonésia iriam, muito provavelmente, causar problemas reais de agitação social numa sociedade que já tinha antecedentes desse tipo e que estava etnicamente fragmentada. O FMI não prestou qualquer atenção a essas advertências. Com efeito, fez ainda pior. Numa altura em que a taxa de desemprego estava a aumentar acentuadamente — aumentou dez vezes — e os salários reais estavam em queda (baixaram cerca de um terço) decidiu agravar a situação, suspendendo os subsídios de alimentação e de combustíveis concedidos às pessoas mais pobres. Foi deitar achas para uma fogueira que estava prestes a deflagrar e que, efectivamente, deflagrou no dia seguinte. (Joseph Stiglitz ex-economista chefe do Banco Mundial). Confira  aqui. Imagem daqui

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