A idéia-força original do ideário neoliberal é a
de que o sector público (o Estado) é responsável pela crise, pela ineficiência,
pelo privilégio, e que o mercado e o privado são sinónimo de eficiência,
qualidade e equidade. Desta ideia-chave advém a tese do ‘Estado mínimo’ e da
necessidade de liquidar todas as conquistas sociais, como o direito à
estabilidade de emprego, o direito à saúde, educação, transportes públicos,
etc. Tudo isso passa a ser regido pela férrea lógica das leis de mercado. Na
realidade, a ideia de ‘Estado mínimo’ significa o Estado suficiente e
necessário unicamente para os interesses da reprodução do capital (GAUDÊNCIO
FRIGOTTO)
O liberalismo é o receituário proposto como saída para a
crise económica dos anos setenta, promovidos pelo economista norte-americano
Milton Friedman, e que se posiciona contra a intervenção do Estado na economia
e a favor da criação de condições para a total mobilidade do capital. O discurso neoliberal atribui à intervenção
estatal e à esfera pública todos os males sociais e económicos, exaltando a
livre iniciativa como solução frente aos problemas.
A primeira experiência de aplicação sistemática do neoliberalismo no
mundo deu-se no Chile de Pinochet, uns anos antes da vaga neoliberal na Europa
iniciada pelo governo de Margaret Thatcher em Inglaterra e seguida pelo governo
de Reagan nos Estados Unidos, e que só se aplica de forma mais ou menos
generalizada na Europa. nos anos noventa, contribuindo para elevar em vários
momentos e países a taxa de rentabilidade, como aconteceram nos Estados Unidos
nos últimos anos do governo de Clinton
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