domingo, 6 de setembro de 2020

GLOBALIZAÇÃO NEOLIBERAL



A idéia-força original do ideário neoliberal é a de que o sector público (o Estado) é responsável pela crise, pela ineficiência, pelo privilégio, e que o mercado e o privado são sinónimo de eficiência, qualidade e equidade. Desta ideia-chave advém a tese do ‘Estado mínimo’ e da necessidade de liquidar todas as conquistas sociais, como o direito à estabilidade de emprego, o direito à saúde, educação, transportes públicos, etc. Tudo isso passa a ser regido pela férrea lógica das leis de mercado. Na realidade, a ideia de ‘Estado mínimo’ significa o Estado suficiente e necessário unicamente para os interesses da reprodução do capital (GAUDÊNCIO FRIGOTTO)

O liberalismo é o receituário  proposto como saída para a crise económica dos anos setenta, promovidos pelo economista norte-americano Milton Friedman, e que se posiciona contra a intervenção do Estado na economia e a favor da criação de condições para a total mobilidade do capital. O discurso neoliberal atribui à intervenção estatal e à esfera pública todos os males sociais e económicos, exaltando a livre iniciativa como solução frente aos problemas.

A primeira experiência de aplicação sistemática do neoliberalismo no mundo deu-se no Chile de Pinochet, uns anos antes da vaga neoliberal na Europa iniciada pelo governo de Margaret Thatcher em Inglaterra e seguida pelo governo de Reagan nos Estados Unidos, e que só se aplica de forma mais ou menos generalizada na Europa. nos anos noventa, contribuindo para elevar em vários momentos e países a taxa de rentabilidade, como aconteceram nos Estados Unidos nos últimos anos do governo de Clinton
 

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