domingo, 6 de setembro de 2020

OS MAGALHÃES DE NUNO CRATO


O ministro Nuno Crato teve ontem um momento embaraçante quando, por dever do ofício, se viu levado a justificar o apadrinhamento do seu ministério a uma iniciativa privada, empresarial, que quis dotar uma escola de tablets para uso letivo. Acabou, - mesmo ele que foi adversário dos Magalhães de Sócrates -, por distribuir alguns aos alunos mas com o cuidado de ir dizendo que "o centro não são os tablets, são os conteúdos", e que "não há nada que substitua o professor e o contacto humano. É verdade não há. Só é pena que o ministro exprima tal ideia em plena distribuição de aparelhos "mudos" e não frente aos tais "humanos" insubstituíveis que, não raro, o seu ministério maltrata. Uma coisa é certa: mini computadores ou tablets serão pouco úteis, se forem meros "enfeites no exercício do ensino.
A Samsung ofereceu os tablets, a LeYa os conteúdos. O ministério diz-se disponível para apoiar projetos deste tipo, mas não há um plano nacional para levar estes equipamentos às escolas (ver Público)

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