domingo, 6 de setembro de 2020

A CRISE ESTRUTURAL DO CAPITAL



Crise dos subprime, crise especulativa, crise bancária, crise financeira - os nomes são muitos para a imensa expansão da aventura especulativa, que abalou o capital financeiro e, naturalmente os ramos produtivos das economias. Em resposta, governos e instituições globais jogam triliões de dólares no sistema, ao passo que os indicadores económicos sinalizam o aprofundamento da deterioração na chamada "economia real".
É inócua a acção de governos e instituições globais que inundam a economia com triliões e clamam pelo retorno da "confiança". A partir de uma visão histórica e sistémica sobre a crise do capital, István Mészáros mostra que esta crise nada tem de nova. Pelo contrário, é endémica, cumulativa, crónica e permanente; e suas manifestações são o desemprego estrutural, a destruição ambiental e as guerras permanentes.
A grande crise económica mundial de 1929 - 1933 se parece com "uma festa no salão de chá do vigário" em comparação com a actual crise financeira. A crise estrutural do sistema do capital como um todo está destinada a piorar consideravelmente. Vai-se tornar a certa altura muito mais profunda, no sentido de invadir não apenas o mundo das finanças globais mais ou menos parasitárias, mas também todos os domínios da nossa vida social, económica e cultural.
Pela primeira vez na história, o capitalismo confronta-se globalmente com os seus próprios problemas, que não podem ser "adiados" por muito mais tempo nem tão pouco transferidos para o plano militar a fim de serem "exportados" como guerra  generalizada (in "A Crise Estrutural do Capital" de István Mészáros)

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